Domingo de Ramos: saiba o que fazer com os ramos abençoados da procissão, segundo orientações da Igreja

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O Domingo de Ramos, também chamado de “Domingo da Paixão”, marca o início da Semana Santa — o período mais importante do calendário litúrgico para os católicos. Nesta celebração, os fiéis relembram a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, quando foi aclamado pela multidão com ramos de palmeiras (cf. Jo 12,13). A liturgia deste dia também apresenta a leitura da Paixão do Senhor (cf. Lc 23,1-49), dando um tom solene e reflexivo à data.

Segundo o padre Antônio Justino Filho, conhecido como padre Toninho, da Comunidade Canção Nova, o uso dos ramos remonta a uma antiga tradição: “Na antiguidade, os ramos eram utilizados para saudar reis vitoriosos que retornavam de batalhas. As pessoas saíam às ruas com ramos de oliveira e estendiam panos no caminho por onde o rei passava.”

O significado dos ramos abençoados

Um costume popular entre os católicos é levar os ramos abençoados da procissão para casa. De acordo com o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia, não há impedimento algum em relação a essa prática. No entanto, o documento ressalta que é essencial compreender o verdadeiro significado da celebração.

“O mais importante é a participação consciente e devota na procissão. O ramo ou a palma não deve ser guardado como amuleto, nem utilizado com intenções mágicas, terapêuticas ou supersticiosas, como forma de afastar maus espíritos ou proteger casas e plantações”, destaca o diretório (nº 139).

A Igreja orienta que os ramos sejam preservados principalmente como símbolo de fé em Cristo, o rei messiânico, e como testemunho da vitória pascal de Jesus.

O que fazer com os ramos após a celebração

Padre Toninho explica que os ramos que permanecem na igreja após a celebração são armazenados para serem queimados posteriormente, quando estiverem secos. As cinzas obtidas desse processo são utilizadas na Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte, marcando o início do tempo da Quaresma.

Para os fiéis que levam os ramos abençoados para casa, o sacerdote recomenda cuidado ao descartá-los. “Os ramos não devem ser jogados fora de qualquer maneira. O ideal é que sejam queimados. Quem preferir, pode levá-los secos até a paróquia mais próxima, para que sejam corretamente incinerados”, orienta padre Toninho.

Tradição e fé caminhando juntas

O Domingo de Ramos é um convite à reflexão sobre o verdadeiro significado da fé cristã e sobre a importância de viver intensamente os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. A tradição dos ramos é muito mais do que um símbolo visual: é uma expressão de fé que deve estar acompanhada de consciência espiritual e compromisso com o Evangelho.

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